Tarde cultural com a primeira edição do Coreto Sonoro

Eduarda Paz

Tarde cultural com a primeira edição do Coreto Sonoro

NathSchneider

Foto: Nathália Schneider.

No centro da Praça Saldanha Marinho o coreto já foi palco de diversas manifestações culturais da cidade. Por isso, nada mais justo que reunir a arte santa-mariense neste local. A primeira edição do “Coreto Sonoro”, promovido pelo Selo Gadea, neste domingo (25), reuniu música instrumental, intervenção teatral e 80 expositoras da Feira Feita por Mulheres. O coreto é considerado patrimônio histórico do município e a localização permite ao artista que tocar ali, levar o som a todos os cantos da Praça. Com esse intuito, o produtor cultural, Leonardo Gadea, 36 anos, um dos idealizadores do evento comenta que a ideia é mostrar que o setor cultural da cidade está ativo. O projeto abrange o público diverso, além de ser realizado em um espaço aberto, para mostrar a importância da democratização artística da “cidade cultura”.– O coreto foi construído para concertos musicais e nada mais simples que fazer a primeira edição neste local. Não tivemos aporte financeiro, mas o objetivo é que os próximos sejam possível contar com esse apoio. Assim, com o encontro mostramos que a cultura está firme e forte em Santa Maria. – ressalta Leonardo.

Foto: Nathália Schneider.

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Espaços esquecidos

Foto: Nathália Schneider

Durante a tarde, as apresentações ficaram por conta de Gabriel Opitz, Montero Trio e Elias Rezende, além de uma intervenção teatral com personagens do poeta espanhol Garcia Lorca, com atuação de Jordana de Moraes e Ézio Santos. Tudo isso, rodeado por muito artesanato, comidas, brechós e acessórios das expositoras.

O artista Gabriel Opitz, 33 anos, foi o primeiro a apresentar-se. Trouxe um show instrumental, com a guitarra, de músicas autorais do primeiro trabalho, chamado “Fluidez” e algumas releituras. Democrático foi a palavra que Gabriel usou para descrever a importância da primeira edição do Coreto Sonoro.

Trazer arte para espaços esquecidos da cidade, é uma das propostas de eventos como o Coreto, relata a atriz e professora de arte Jordana Moraes, 36. A intervenção teatral da atriz junto com o colega Énzio Santos foi criada para o encontro:– Precisamos revitalizar os espaços públicos e ocupar o que é nosso. Com isso, para a intervenção, trazemos os personagens do poeta Lorca com um objetivo. Ele dizia que as pessoas precisavam alimentar-se além de pão, de cultura também – explica Jordana.

A primeira edição do “Coreto Sonoro” reuniu amigos e familiares para aproveitar o som, dividindo um mate e comprando os variados produtos das expositoras. Os estudantes de relações internacionais e de desenho industrial, Felipe Dal Pizzol, 20, e Thomas Cardoso, 20, estavam passeando pelo evento e ressaltaram como o encontro possibilita a divulgação de trabalho de pequenas artesãs, além da inclusão, por ser na Praça.

A dona de casa e artesã Mirian Taschetto de Lara, 48, é a expositora do Ateliê Artes da Mi, está há quatro meses participando da Feira Feita Por Mulheres. Com produtos diversos desde bonecos de pano do papai noel a bruxinhas também, afirma que é necessário ocupar espaços públicos e mostrar para a população o trabalho diferenciado das mulheres da cidade.

O artista Gabriel Opitz e a artesã Mirian Taschetto. Foto: Nathália Schneider

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